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Deixa esse bolo de ameixa
Deixa esse bolo de ameixa e vem mexer
Deixa esse bolo de ameixa
Deixa esse bolo de ameixa e vem mexer
Hoje é domingo e você 'tá de cara
Nesse forno que eu não quero nem ver
Nem se lixa para minha tara
E eu aqui a ponto de ferver

Letra inspirada no livro
"2455 Cela de Morte" de Caryl Chessman

Às vezes uma voz interior insiste no futuro
Aí é quando se cai na gargalhada

"Vejam como os homens culpam os deuses
De nós dizem eles vem o mal

O recado é o seguinte
A hora é agora e vamo que vamo

Trabalho, trabalho, novo
Trabalho, trabalho, novo
Trabalho, trabalho, novo
Trabalho, trabalho, novo
Trabalho, trabalho, novo

Sou eu transistor
Recife é um circuito
O país é um chip
Se a terra é um rádio
Qual é a música?
Manguebit

Manguebit

Atenção investidores
Corram enquanto é tempo
Juntem-se a Indonésia na
Venturosa pilhagem do Timor
As petrolíferas ocidentais
Já despertaram para os grandes atrativos da região
E o melhor é que a "impressa livre", como sempre
Finge ignorar, como convém

Há quatro séculos a alma africana tem sido um motor
Da inquietação da resistência da transgressão
Há quatro séculos a alma africana tem sido um motor
Da inquietação da resistência da transgressão
O negro sempre quis sair do gueto
Fugir da opressão fazendo história
Ganhando o mundo com estilo
E é assim que a alma africana sobrevive

Olá, eu sou você
Preso nesse aparelho
Que há pouco você ligou
Você é meu carrasco
Além desse botão
Ao qual você se entregou
Você me entregou
Você me entregou

De vez em quando é bom falar dos fracassados

Me acordo pensando me acordo pensando
Me acordo pensando em comer salada
As nove em ponto recebo o papel do banco
Dizendo que eu não tenho nada
Um zero vírgula dos zeros

A felicidade como a morte
É como um concurso milionário da TV
Existe um globo infinito
Com bilhões de bolinhas
Girando
Em algum lugar
A cada instante uma deusa
Retira um número

La lalaiá laiá
Laiá laiá lalaiá
La lalaiá laiá
Laiá laiá lalaiá
Segue enfim a vida
Segue sim
Sem cor, sem fascínio
Vasta avenida de extermínio